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Foto do escritorPedro Ribeiro

UM POT-POURRI DE IDEIAS

ensaio pedro-corpo-quarto número #01 - 12.03 um dia antes de uma sexta-feira-13


quem soul (m)eu (encantado)?

proposta do thi: dançar com os alimentos

minha proposta em cima da proposta do thi: alimentos para:

- um objeto do presente - coração de pelúcia esvaziado e cheio com pedras;

- um objeto do passado - um salto alto doado por uma drag queen campineira;

- um objeto pro futuro - um pedaço de graveto encontrado na praça da paz dentro da unicamp, hoje mesmo;

- um objeto para os mortos - um baseado;

- um objeto para os vivos - um incenso de cravo, espanta energias negativas.


registro pós dança

carrego nas costas um coração de pedras e no rosto, o chifre da luz. das minhas mãos e pés escorrem agulhas que atravessam o chão em dimensão paralela, espelhada. em minhas veias corre um lastro de fogo azul e quente, cheira a cravo, espanta energias negativas, leva luz, denuncia o espelho no chão. dois pontos de luz dançam, como vagalumes de lava. as pernas fraquejam. os chifres desatam. parece perder-se em seu próprio centro, com o cu apontado pra lua. quatro lanças para o chão e uma para o céu. atravessam os sonhos de dali e os meus. em formação descendente, do céu para o chão, como antena ou pára-raio. o chão é atravessado de sonhos. deslizantes.



depois disso:

dani sugere ler as publicações dos ossos, estudar roteiro grade e storyboard, dançar, gravar um vídeo de 10 minutos.


registro ossos - depois da dança livre, antes da gravação do vídeo:

alimenta-se de si como deusa sagrada, elefante de imensa tromba. parece antena parabólica que aponta para o céu, joga para a terra recebe da terra e joga para o céu. espelho. mergulha na placenta da madre vieja de pequeños seios… si, hablo portuñol! placenta deixada em pleno manto terrestre. pedras e ossos. coração de pedra - pulsa pedra, enche as veias de pedra, leva pedra ao cérebro, aos pés, aos capilares do cu, da mão, da coluna. faz com que movam braços e pernas circulares, coluna arqueada, cabeça que olha o próprio cu num circuito fechado boca cu boca cu boca cu e espasmos de dor. doem as pedras. na coluna é onde mais dói e o cu aponta pra cima e um braço e outro, e uma perna sai. retorna. outro braço. metade da cabeça. sai, volta. sai, volta. até sair de vez e se alimentar do espaço. em braços que sobem, reconhecem e desconhecem o chão. anda um braço e a perna contrária, outro braço e a perna contrária, descobre apoios com o corpo rijo. muito rijo. jogo de apoios e confortos das santas articulações. quadril, cabeça, cotovelo, pescoço amortecem a recepção do corpo no mundo. e as ameaças surgem. esse corpo se torna um corpo de bate, briga, ameaça, ganha garras e dentes afiados e aquelas costas de dinossauro. bate na parede, no chão, nas mãos. assusta. gera angústia, aflição, mas precisa proteger o espaço. e busca ajuda no mundo espelhado, de baixo. olha para si no mundo de baixo. se alimenta de si. seduz a si própria. pequenos pontos andantes surgem de trás da cabeça, do pescoço, das costas, atravessam o espelho e tomam as mãos, pés e pernas, enchendo-se de si mesm. ganha rachaduras.






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