Se lhe pedem em troca a dignidade pela cornucópia
Lhe peço pedra sobre pedra do que nunca deveria existir,
Calhou de ser hoje o dia em que
sem voz
levanto o grito soterrado
da areia
das pimentas
da pedra
dos ossos
Desabrochei do amor que me foi negado
Para enfim calar a jaula com o tufão do meu renascer
Meu avançar é queda
Meu recuo é queda
Sua queda
Minha escada
Pois das ruínas de cada reino banhado em ouro e prata
Faço o meu mar revolto de despedida
Tua despedida
Minha venturança.
Sinta o sabor
Conluio do mastigar e saborear
Será teu último requinte
Teu último orgasmo, teu primeiro arrependimento
Por não ter amado
Esse sabor,
O sabor do profeta do fim dos tempo
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